"...pousadas antiguíssimas nas quais repousavam os antigos camponeses e viajantes.".
A história desta região tem rastos de assentamentos celtas e mouros. Alguns dos sinais deixados por eles são os castelos de Castro Laboreiro e de Lindoso, diversos monumentos megalíticos, e testemunhos da ocupação romana com a “Geira” antigo caminho que conduzia os legionários de Braga a Astorga, do qual sobrevive um trecho. Existem ainda curiosos povoados com arqutectura rural em pendentes, pousadas antiguíssimas nas quais repousavam os antigos camponeses e viajantes. Hoje em dia, as gentes que ficam pela serra vivem quase exclusivamente da agricultura e gado, já que a maioria buscou e busca novos horizontes noutros países, sendo este lugar o que regista o maior números de imigrantes portugueses.
http://www.geira.pt/pnpg/index.html
"...simples vales sulcados por rios, no momento mais inesperado surpreendem-nos com maravilhosas poças de águas limpas e frias...".
Estas paragens
estão cheias de encantos, todo aquele visitante que tenha a fortuna de visitá-los
e pouco a pouco conhecê-los, dá-se conta que não são uns simples vales sulcados
por rios, no momento mais inesperado surpreendem-nos com maravilhosas poças de
águas limpas e frias, que tonificam intensamente os corpos quentes das
caminhadas, e no Verão o habitual forte calor; não são uns simples caminhos que
percorrem colinas escarpadas e rochosas montanhas cheias de vegetação autoctone,
onde carvalhos levam a surpreendentes prados, nos quais gado de montanha, vacas,
cavalos, e cabras disfrutam da tranquilidade dos frescos pastos; e como nos
iríamos esquecer das suas gentes, das quais muitas deixaram em anos passados a
vida em suas aldeias e montanhas; hoje em dia são muitos os testemunhos da dura
vida que estas gentes levavam, um dos quais o grandes muros de pedra que guiavam
os lobos ao encontro de profundos fossos, onde seriam arrancados de suas vidas
por pontiagudas lanças firmemente em posição vertical ao fundo do fosso, e no
alto, a mão do homem arrematando o cruel acto. Esta violenta decisão era
necessária para a própria sobrevivência. Por tudo isto, e muitos outros motivos,
fizeram mudar o seu dia-a-dia por uma vida mais cómoda que a emigração lhes
proporcionava. Tudo isto e muito mais, difícil de descrever com palavras, mas
fácil de entender para aquele que sem pensar se dá conta que decobriu um lugar
onde os sonhos se tornam realidade.
Hoje em dia, as aldeias com melhor
acesso encontram-se bem povoadas, e disfrutam das vantagens desde 1971 altura em
que é declarado Parque Nacional, com o nome Peneda-Gerês, o primeiro de Portugal
a receber esta classificação. Ocupando uma extensão de 72000 hectares,
estendendo-se pelos municípios de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca,
Terras de Bouro e Montalegre. Do outro lado da fronteira em terras espanholas
continua com o parque nacional da Baixa Limia-Xures, com uma extensão de 20920
hectares.
Situado no Massiço Hespérico, essencialmente granítico, o ponto mais alto encontra-se na serra do Gerês a 1500m, atravessado por muitos cursos de água, entre os quais se destacam o rio Cávado, Lima e Homem.
O carvalho é a árvore dominante, encontrando-se pinheiros, medronhos, e vários arbustos nas zonas mais elevadas. Há espécies exclusivas do parque, como o lírio e feto do Gerês o hipericão. Entre as espécies de animais abunda o javali, veado, e texugo; em menor número a águia real, lobo e falcão. E como animais característicos encontramos a vívora negra, a serpente de água, o lagarto e a salamandra.
"...chegando à unidade onde o esforço, a tolerância com os demais e a exigência foram armas que contribuíram para os sucessos do momento.".
As primeiras
actividas de que se tem registo, remontam ao ano de 1940 quando, pela primeira
vez, os escaladores portuguese começaram a escalar pela parede da meadinha. Hoje
em dias, pela constante evolução e com o passar do tempo a escalada foi-se
transformando.
No final dos anos cinquenta e
princípio dos sessenta, detectou-se actividade de escalada e montanha, carecendo
no entanto a informação necessária para falar sobre esta época.
Chegamos ao principio dos anos setenta quando os escaladores do momento iniciam
uma actividade constante, atravessada por várias gerações até aos nossos dias.
Durante estas décadas registam-se
períodos de actividade intensa, a primeira ocorre entre os anos de 1972 e 1974,
decaindo até ao ano de 1978. Inicia-se então uma nova etapa a partir de 1981 até
1988, quando os escaladores do momento levam a escalada até à idade de ouro;
escaladores sobretudo do alpinismo da zona sul da Galiza, pretendem ultrapassar
fronteiras e cheqar a outros lugares que o mundo lhes pode oferecer.
José António Martínez Novas e Miguel
López Domínguez, com seus sonhos lutaram por abrir as fronteiras de países onde
as alturas são desejadas por qualquer montanheiro do nosso planeta; a força
positiva desas pessoas consegue acender a chama de muitos outros escaladores que
carregados de sonhos, buscam-se a si mesmos em companhia de novos povos, que os
brindam com as suas paredes e alturas para poder encontrar o caminho pessoal a
seguir.
Tudo isto foi possível graças à
simplicidade, respeito e vontade de encontrar a segurança em si próprios,
contagiando o colectivo de escaladores, e chegando à unidade onde o esforço, a
tolerância com os demais e a exigência foram armas que contribuíram para os
sucessos do momento.
Nesta etapa abrem-se novas zonas de
escalada, hoje em dia proíbida pelo parque: Anamão, Nédia e Bico do Patelo.
Na década de noventa, a zona sofre
outra decaída e volta-se a gerar uma actividade nos anos alternos de 1990, 1994
e 1998.
No ano de 2000 incia-se a etapa de
re-equipamento das vías antigas e abertura de novos itinerários que dura até ao
ano de 2004. Durante este tempo pretende-se optimizar ao máximo as vias, para
dá-las a conhecer e para que possam ser frequentadas, já que o desconhecimento
destas e a fama bem atribuida de ser uma escalada dura, exposta, e sobretudo de
elevado factor psicológico, propicia o desvio dos actuais colectivos desta zona,
que demonstra a evolução crescente de outras formas de praticar a verticalidade:
boulder e escalada desportiva, diferentes da escalada de parede que aqui se
pratica, onde a auto-protecção e a segurança são um dos factores mais
importantes que todo o escalador deve cultivar.
Nos anos seguintes, volta a haver
momentos de actividade ocasional, até que de meados de 2006 a 2008 se retoma a
actividade anterior, e na base do disfrute e esforço do duro trabalho, se
consegue terminar o trabalho colhido durante anos, e que neste momento se pode
ver nesta página, um resultado de informação fiável, com a qual se pretende
chegar a todo o interessado para que possa aproveiar, o que de todos é.
No separador Agradecimentos, podem
encontrar a quem graças isto é possível.
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Alguns documentos que acompanharam a história de escalada na Peneda.